Últimos Artigos

Existe carne de origem vegetal?‍

Lemos e ouvimos por aí, expressões como esta: carne de origem vegetal.

Na matriz da nossa cultura, onde a gastronomia é um reflexo da alma portuguesa, o termo "carne de origem vegetal" emerge como uma dissonância. Longe de ser uma mera questão semântica, a utilização desta expressão desafia a essência do que a carne representa — não apenas um alimento, mas um símbolo de identidade e excelência portuguesa.

Importa assim decompor este termo e perceber a razão pela qual não faz sentido utilizá-lo, tendo em a conta os seguintes pressupostos, nomeadamente:

A Incoerência do Termo "Carne de Origem Vegetal"

A carne, por definição científica e legal, é o tecido muscular de origem animal, caracterizado por uma composição nutricional única que inclui proteínas completas (contendo todos os nove aminoácidos essenciais), vitamina B12, ferro heme, zinco biodisponível e creatina (Bender, 1992; Williams, 2007).

Produtos à base de plantas, ainda que processados para imitar a textura ou sabor da carne, não possuem estas propriedades intrínsecas. A rotulagem de produtos vegetais como "carne" é, portanto, enganadora, confundindo os consumidores e desvalorizando o trabalho dos produtores portugueses. Ler artigo completo aqui.